Ufa! Estamos quase chegando ao fim da maratona de passeios em Natal (RN). Na Segunda-feira foi o de Galinhos. Esse passeio para Galinhos, na verdade, só sai às quartas-feiras mas conseguimos juntar dez pessoas, número suficiente para 'forçar' uma saída numa segunda-feira excepcionalmente. Éramos eu e Alexandre, o simpático casal carioca, o casal brasiliense, o pai e filho fluminenses e as duas amigas cearenses. Todos eles fizeram o passeio de João Pessoa conosco anteriormente.
Acordamos cedinho pois a van estava marcada para nos buscar no hotel às 06:25h. Nem tomamos café da manhã, deixamos para fazê-lo no meio do caminho, e não nos arrependemos disso nem um pouco. Paramos numa cidadezinha chamada Jandaíra e comemos um pão com ovo sensacional numa padaria à beira da estrada.
Durante a viagem, o guia, que para nossa agradável surpresa era Dorifran, colocou um dvd do excelente filme "O Homem que Desafiou o Diabo", que foi gravado no Rio Grande do Norte, inclusive na sua cidade natal chamada Acari.
Ficamos tão entretidos com a película que não percebemos mais nada durante o caminho e somente 'despertamos' quando já estávamos estacionando a van no destino final. Era um grande pátio com inúmeros carros e pessoas aglomeradas no que depois notamos ser um cais. Estava bastante movimentado e Dorifran associou o estranho movimento à época do carnaval. Segundo ele, não costuma haver tanta gente por lá em dias normais. Andamos até o referido cais a fim de tomarmos o barco que nos levaria ao povoado de Galinhos, do outro lado do rio - que depois descobrimos não ser um rio, mas um 'braço' de mar.
Galinhos é uma mistura de sol, areia, àgua e sal. Muito sal. É lá onde ficam as salinas que produzem o sal consumido no Chile e na Alemanha. É lá onde , em três anos fazendo esse mesmo passeio, Dorifran só viu chover três vezes - uma vez por ano, em média.
Ao chegarmos lá no povoado, fomos convidados a tomar um táxi, dali até o farol, onde tomariamos um banho de mar. O detalhe é que esse táxi era também conhecido como charrete: um banquinho de madeira e uma capota puxados por um jegue guiado por um carroceiro (vide foto). O passeio não é longo e logo chegamos à praia. Tiramos fotos no farol e tomamos um delicioso banho de mar. No horário marcado retornamos e fomos pegar novamente o barco rumo a uma lagoa, onde por cima das dunas teriamos uma visão fantástica do paraíso de sal. Quem teve coragem (e pernas) para subir a enorme duna garante que é maravilhoso lá em cima. Eu, e metade do grupo, preferi me refrescar na lagoa de água salgada, que estava simplesmente o máximo.
Depois do banho refrescante na lagoa, partimos de barco em direção à um restaurante na cidade, de comida caseira deliciosa e barata. O vento estava forte e de lá pudemos ver praticantes de kite surf, num espetáculo muito bonito.
Almoçados e descansados, pegamos o barco novamente, dessa vez para visitarmos uma outra lagoa envolta de dunas móveis. As dunas se movendo é como uma navalha de areia cortando a nossa pele. O vento batia, a areia voava quase nos devorando. "Protejam os olhos" - gritava o guia. Nunca tinha visto nada parecido antes. Fotos e mais fotos. Descemos a duna (sim, essa nós subimos, como se desafiássemos o vento) subimos no barco novamente para a última parada do passeio: as salinas (foto).
Chegamos próximo o máximo que pudemos daquelas montanhas de puro sal, enquanto o barqueiro nos contava a história da salina e o porquê de não podermos entrar lá. Seríamos recebidos à bala pelos seguranças. Sinceramente, ninguém ali estava muito a fim de balas mesmo. Nem pirulitos ou cocadas. De doce só queríamos água para um belo banho. "No estacionamento da vans tem um chuveiro" - disse o guia. Não havia. Tudo o que havia era uma cisterna e uma lata d'água. A lata subia e descia da cisterna várias vezes, e foi um dos banhos mais divertidos que tivemos, demos muitas risadas. Fotos e mais fotos.
De volta à van, terminamos de assistir ao filme, relaxamos e cochilamos até chegar ao hotel, onde agendamos o próximo e último passeio: Maracajaú.
Espaço
Há 5 semanas
Vc fica falando eu sol e eu me imagino vermelha, salgada e ardendo. Aff!!! Ao menos tem vento.
ResponderExcluirO filme é realmente muito bom, assisti no cinema e dei muitas risadas.
Banho de poço é muito bom mesmo. Água geladinha, depois de um dia na salina...
Estou aguardando o fim da viagem.
Vamos lá! Mais complementos...
ResponderExcluirSó o nosso hotel é que dava café da manhã a partir das 7h. Resultou que somente nós e os guias estavam "de rango". Sorte nossa que os guias conhecem tudo de lá e sugeriram essa bendita padaria com um delicioso pão com ovo.
Antes de chegar na estrada, sentimos o "prazer das freiras" e comemos "quenga". Calma, deixe eu explicar! Prazer das freiras é como eles chamam aquela sensação de frio no estômago quando descemos uma ladeira muito rápido na rua. Quenga é uma iguaria que aqui na Bahia chamamos de "fatia de parida".
O filme que assistimos só tem putaria! Toda hora tem palavrão e esculhambação! Típico filme brasileiro.
O estacionamento de Galinhos estava parecendo Jaguaribe em dia de domingo. Nas praias, toda vez que a gente se banhava, tinha que beber água logo após devido à quantidade de sal que tinha na água do mar.
O restaurante que almoçamos fica numa antiga casa de pescadores. O local estava com o telhado acabado, o piso soltando pedaços e cheio de moscas varejeiras. Porém, a comida estava deliciosa. Bem caseira! :)
O chuveiro do estacionamento das vans não estava funcionando porque a caixa d'água do local estava com problemas. O banho com lata foi essencial para finalizar esse passeio.
Durante a volta, na estrada, Rosinha experimentou o significado da palavra dilúrio do potiguar. Dilúrio é o mesmo que piriri, ziguizila, etc. Deixo para vocês descobrirem o que é.