segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cotas raciais para empresas públicas e privadas

Acabei de ver no noticiário que o senado quer aprovar a obrigatoriedade de cotas raciais para empregos públicos e privados. Isso mesmo: o absurdo sistema de cotas que foi implantado nos vestibulares das universidades agora periga ser aplicado também em concursos públicos e seleções de empresas privadas.

Isso é um grande contrassenso. Pense comigo: quem pensou em criar as cotas nas universidades públicas queria o quê, mesmo? Que os negros tivessem acesso (facilitado) ao ensino superior. Ok. Mas para quê mesmo? Para poder competir em pé de igualdade com os (chamados) brancos no mercado de trabalho. Ok. As cotas foram implantadas e as universidades têm mais negros do que outrora. Ah, mas eles ainda não estão conseguindo entrar no mercado de trabalho? Então o problema não está na raça deles, né? Mas o que será que está errado então? Ah, claro, é o ENSINO público, que não tá conseguindo preparar ninguém, nem branco, nem amarelo, nem preto!

Eu não acredito que o autor do projeto da lei em discussão também não tenha chegado a essa mesma conclusão óbvia que tive. É tão óbvia, mas tão óbvia que chega a ser revoltante pensar na possibilidade de tal projeto ser aprovado. Ora, estão mais uma vez indo pelo caminho mais fácil (e errado) para resolver as coisas.

As pessoas não precisam de cotas, elas precisam de ensino público, gratuito e de qualidade porque o mercado está exigindo cada vez mais qualificação profissional, independente de raça ou sexo.

3 comentários:

  1. Diga-se de passagewm método fácil e rápido.

    bjs

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  2. Eu até fui a favor das cotas na universidade, embora achasse que a cota deveria ser para qualquer pessoa de classe baixa que tivesse estudado TODOS OS ANOS em escola pública. Essa limitação atingiria negros pobres, como se deseja.

    Li uma crônica de Afonso Romano onde ele citava que a cada lugar que ia se sentia branco ou preto. Nos EUA ele era negro, no Rio era Branco, no Sul do Brasil era Negro, na África era Branco. Foi a uma universidade e para os judeus ele era árabe e para os árabes era judeu. Ele conclui que muda de cor a cada avião que pega, ficando preto ao sair e branco ao retornar.

    Como vamos colocar cotas nesse país tão único? Não precisamos disso.

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  3. Concondo com seu post, igualdade de base sim, e mais oportunidades para os que precisam, nunca criar "castas".
    bjks
    Cristiane

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